4 de dezembro de 2007

«As Pessoas e o Nosso Planeta: a Estrada para o Desenvolvimento Sustentável»

Enquanto 800 milhões de pessoas, nos países desenvolvidos, estão ligados a redes tecnológicas muito desenvolvidas, 2 mil milhões de pessoas vivem, ainda, em condições precárias, tendo de recorrer a recursos rudimentares e lutando, ainda, contra a escassez de água e pelo fornecimento de saneamento básico. A falta de saneamento provoca a propagação de doenças que podem mesmo ser mortais, afectam, portanto, a saúde pública e os sistemas ambientais, podendo degenerar em catástrofes naturais e erosão do solo.

Paralelamente, nos países desenvolvidos os sistemas energéticos contribuem, também eles, para a propagação da poluição, emitindo gases geradores do efeito de estufa que são perigosamente absorvidos pela camada do ozono e acidificam o solo e as águas. Toda esta propagação nociva tem, também, consequências assustadoras ao nível das alterações climatéricas que resultam na destruição de ecossistemas aquáticos, assim como no desaparecimento da diversidade da vida terrestre.

O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) propõe promover o financiamento para o desenvolvimento sustentável, melhorando-se o acesso aos serviços energéticos, por parte dos países pobres, proporcionando-se uma gestão equitativa da água e do solo, promovendo-se medidas que visam fazer face às alterações climatéricas. Todas estas ideias foram reafirmadas na cimeira mundial sobre o desenvolvimento sustentável em 2002. Neste domínio, o PNUD contribui largamente neste sentido, promovendo debates sobre todas estas temáticas.

A Comissão Europeia reuniu profissionais, políticos, investigadores com o objectivo de identificar medidas e políticas concretas, com vista a dar resposta às preocupações ambientais dos países em desenvolvimento.

O Nepal é exemplo de um país rico em recursos naturais que não são, no entanto, aproveitados, pela falta de financiamentos e pelos seus terrenos montanhosos, mas também, neste caso concreto, devido a perturbações periódicas por parte do movimento guerrilheiro. Assim como o Nepal, mais de 90% das populações das zonas rurais dependem, ainda, neste sentido, de madeira ou resíduos animais para a produção de energia.

O Programa de Desenvolvimento de Energia Rural é financiado pelas populações locais, pelo governo e pelo PNUD e, sendo gerido por organizações comunitárias, iniciou-se com a criação de 93 condutas de água em 15 distritos, e, actualmente, a energia eléctrica chega a 11 mil domicílios.

A Macedónia é o exemplo de um país que conseguiu converter um problema social grave, como é o desemprego, numa forte sensibilização para as questões ambientais.
A economia deste país tem sofrido muito por meio do elevado número de refugiados resultantes dos conflitos no Kosovo (país vizinho). Na cidade de Tetovo a população chegou mesmo a duplicar. Obviamente, este facto comprometeu os serviços de água e saneamento, mas teve, também, como consequência o aumento acentuado do desemprego.

Assim, na Macedónia começaram a ser recrutados trabalhadores desempregados incumbidos de assegurar a limpeza do lixo em municípios que mais necessitavam deste serviço. Deste modo, foi possível melhorar o nível económico de milhares de famílias, ao mesmo tempo que, a cobertura mediática deste programa, permitiu sensibilizar os cidadãos para as vantagens dos cuidados com o meio ambiente.



Trabalho realizado por:

Iolanda Couto
yocouto@hotmail.com